Mais uma vez depois de várias viagens perdidas, os diretores do SISMUC REGIONAL se deslocaram até a capital pernambucana (Recife), nesta segunda-feira, 19, com a companhia de alguns professores da Rede Pública Municipal de Ensino, para acompanhar o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade em Face da Câmara de Vereadores de Caruaru. Foram quase dois anos de espera. Mesmo assim, os professores de Caruaru foram até a sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco e assistiram a sessão que decidiu sobre o pedido do SISMUC REGIONAL, em anular a votação que aprovou o PCC da categoria.
Mais uma vez a Prefeitura de Caruaru tenta lançar uma nuvem de fumaça quando diz que o pagamento do 1/3 de férias dos professores da Rede Municipal de Ensino foi normal, visto que, o Departamento Jurídico do SISMUC REGIONAL informou que dezenas de servidores procuraram o sindicato para ter conhecimento da documentação necessária para buscar o pagamento judicialmente, já que não receberam no tempo devido que era até o final de dezembro de 2014.
A Constituição é clara quando diz que o 1/3 de férias tem que ser pago um mês anterior ao das férias. Já prevendo o que aconteceu nos últimos quatro anos, o sindicato entrou na justiça e conseguiu um mandado de segurança obrigando a prefeitura a efetuar o pagamento e mesmo assim a prefeitura pagou aleatoriamente a uma pequena parte dos professores, enquanto a grande maioria não recebeu.
É essencial um olhar diferenciado para à criança desde a tenra idade, a sociedade brasileira precisa aprender a lidar com a infância que é a etapa fundamental da vida das crianças, sendo os primeiros três anos de vida particularmente importantes para o seu desenvolvimento físico, afetivo e intelectual. Além disso, o cuidado e a educação das crianças deixam um legado em qualquer sociedade. É sabido que ocorreram várias transformações na sociedade, cada uma com sua especificidade, uma delas foi a emancipação da mulher através da sua entrada no mercado de trabalho, fato ocorrido de forma progressiva, assim sendo teve como consequência a necessidade de entregar os seus filhos desde cedo aos cuidados de outrem fora do agregado familiar.
Nesse contexto, surgiram assim as primeiras instituições, denominadas creches, com o objetivo de suprir a função até então maternal destinadas às crianças com idades compreendidas entre os três meses e os três anos, que deveriam proporcionar à criança cuidados de saúde, alimentação e higiene, além de ao longo dos tempos promover o adequado desenvolvimento global da criança, as creches exercem um papel não apenas assistencial isso é fato, através de ações educativas muito além da simples substituição maternal momentânea .Segundo o Conselho Nacional de Educação (CNE), a creche deve ter, assim, a função de cuidar e educar à criança, pois são elementos indissociáveis.
Com certeza, o cotidiano de uma creche é diversificado e dinâmico, são momentos de acolhida, o dar colo, carinho e atenção podem parecer ao educador como puro assistencialismo, sem conteúdo educacional. No entanto, há um envolvimento tanto emocional como verbal, as interações entre o educador e à criança são gestos de comunicação humana nos quais há uma troca profunda de sentimentos e, sem dúvida, de organização mental, de estruturação interior e de formação da autoimagem. Evidentemente, essas ações despertam na criança a ter autonomia e ser ativa, é um espaço que proporciona um ambiente de trocas e estímulos que favorecem a interação e socialização.
Logo, as creches são essenciais para potencializar a capacidade intelectual das crianças, ajudam a interagir e facilitam o convívio social muito além do núcleo familiar. Ou seja, elas aprendem a se relacionar e viver em sociedade, desenvolvendo habilidades fundamentais à formação humana, e também às capacidades cognitivas.